04 outubro, 2012

"o dinheiro é pouco, mas em compensação o trabalho é muito."

28 outubro, 2008

(19/06/08)
Nesse momento da vida creio q a amizade é fundamental na vida de um homem. Tão fundamental qto comer e respirar. Sem a intenção de dar ainda mais ensejo à máxima "nenhum homem é uma ilha", asseguro sua veracidade. Só a amizade preenche certas lacunas na vida, às vezes é mais importante ser compreendido e aceito do que apenas orientado. Às vezes todos nós precisamos de momentos de espairecimento e desapego que só um amigo pode nos dar. Sem pressão ou cobrança, sem insegurança, sem motivo, sem objetivo. Momentos pobres?! De forma alguma, riquíssimos em naturalidade e alegria no melhor dos seus sentidos. Necessários até, mas pobres nunca!
Esses momentos sempre trouxeram alguma riqueza ao meu mundo, e algum alívio à minha vida.
Portanto e por tudo, aos meus amigos de ontem e hoje, Agradeço e me despeço!

21 outubro, 2008

Como hoje é sexta-feira, ocorreu-me que muitos aqui estão prestes a foder, após uma semana de seca. Daqui a algumas horas irão para botecos e boates a procura de sexo sem compromisso. Foderão para caralho, encherão a cara de cachaça, chutarão o estresse acumulado e serão felizes. Acordarão amanhã depois do meio dia, com gosto de guarda-chuva na boca, porém com a sensação de dever cumprido. Lembrarão da pessoa com quem tiveram... contatos íntimos, e estarão certos de que não viriam a ter com ela nada sério; uma trepada e nada mais. Uns repetirão essa rotina por muitos finais de semana durante anos, talvez por toda uma vida. Outros, entretanto, com o tempo não acharão mais graça nessa putaria tão salutar, leve e descontraída. Sentirão um vazio. Continuarão a trepar por trepar, mas saberão que aquilo já não é assim tão satisfatório. Olharão, então, para trás, e lembrarão de alguém especial que dispensaram,afinal, compromisso era coisa do capeta. Constatarão que o tal vazio urge ser preenchido, não por sexo, mas por uma pessoa especial, companheira,que faça amor ao foder. Mas pessoas especiais são mais difíceis de encontrar do que uma boa trepada. Alguns acharão o par, outros não; estes perceberão que treparam tanto que...se foderam. E continuarão a vagar, desolados, pelos botecos e boates da vida.

20 outubro, 2008

Ressaca Moral

Duns dias pra cá, a mulherada tá vindo matando. Não que eu fisicamente não dê conta, mas tô sem disposição emocional para envolvê-las e depois chutar-lhes as nádegas. Consciência pesada, manja? Seria muita sacanagem proporcionar a fêmeas com quem não quero compromisso a melhor companhia que tiveram em anos e depois sumir sem dar satisfação. Melhor portanto ficar quieto- e sem comer ninguém. Acho que consigo, afinal, faltam apenas alguns dias...

29 setembro, 2008

24 outubro, 2007

Em vários momentos não posso deixar de notar que me quedo demasiado embaraçado. Seja influenciado pela Xiboca ou não, o resultado parece sempre taxativo: bêudo. Bêudo mas feliz. Me sinto mais feliz quando bêudo...

13 agosto, 2007

dois e um

"(...) Me faz lembrar
Entre tuas tranças no cheiro do seu pescoço
Me faz saber que eu não preciso ir
Que se eu te amo eu fico por aqui
Que desse chão só sobramos nós
ermos (...)"

By GadernaL
Neste breve aniversário (11/8), que me acometeu o Pai Santíssimo em virtude da data, pareceu-me rubra toda a vida que levei. Talvez digam os mais céticos que tão pouco a dizer não merece ser notado - “Rubra? Quem é você para falar de rubidez?! Como se a sua rubidez fosse mais rubra que o meu rubor”. Os alheios entre tanto se postam alheios a tudo, tão alheios quanto um alheio deve ser. Os mais interessados, por sua vez, talvez participem ativamente fazendo longos discursos a respeito de “nada”, sim, “nada”, pois não há de ser outro o tema, já que do tema em questão são ignorantes de filho e filha, como não (?).
Quem se importa, ora bolas, com a rubidez das bochechas do Dumbo? Talvez você!! Não? Você não, compreendo sim. Há tanto o que pensar nos dias hoje, onde já se viu, pensar nas bochechas do Dumbo, quanto mais em suas orelhas... Nelas sim, não pensaria nem morto! Bem, talvez morto. Claro, tempo não me faltaria, talvez um pouco de vivacidade, mas a intenção é o que conta.

By GadernaL

27 abril, 2007

A porta parece fechada. Quem olha assim, de rabo de olho, logo pensa:"Fechada pra caralho". Você mesmo se olha no espelho e, sem pestanejar, claramente diz, em voz alta: " Pois é, tem jeito não; fechada que só a porra...". Coisa mais burra essa, sô. Claro que fechar a porta não passa duma vã tentativa infantil de buscar manter tudo sob controle. E claro que para uma porta não permanecer fechada basta que a dita cuja seja aberta. Sim, tudo muito simples. Por que diabos, então, fazemos das portas fechadas um problema? Afinal, quem fecha a porra da porta tem a chave para abri-la quando quiser. E sem essa de dizer que terceiros é quem passaram o cadeado. Hein, por quê?!
Viadagem da Porra!

Melhor assim. Acho que terei que ficar mesmo solteiro. Compromisso me deixa ansioso. E eu que pensava já ter amadurecido. Bosta nenhuma. Solteiro e tranquilo. Mas é só vislumbrar a possibilidade de tornar a pegação algo mais sério que já fico afobado. Viadagem da porra, eu sei. Mas não quero ficar ansioso. Então que venham as ninfetas rebolativas e rotativas. As ligações meigas no meio da noite e o cinema no domingo à tarde podem esperar. Quando eu mudar de idéia, mudo de idéia.

20 março, 2007

Ainda não ví melhores argumentos (vale a pena ler!)

Durante debate recente em uma Universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do Distrito Federal e ex-Ministro da Educação, Senador Cristovam Buarque, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista
e não de um brasileiro. Segundo Cristóvão, foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para a sua resposta:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade.

Se a Amazônia, sob uma óptica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos
deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos,
ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um País. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros navolúpia da especulação.

Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas a França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural,
como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um País. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo,deveria pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais candidatos a presidência dos EUA tem defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida.

Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade
de COMER e de ir a escola. Internacionalizemos as Crianças tratando-as, todas elas, não mportando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.
Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando
deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!"

20 dezembro, 2006

A Amazônia é nossa
Por Oscar Dias Corrêa em 23/03/2005
Fonte: Jornal do Brasil

Vi contristado, há pouco, as notícias de estudos que ambientalistas, sobretudo norte-americanos, veicularam, em Conferência sobre a Amazônia, a propósito da situação daquela parte importante do nosso território, e que muitos, muitíssimos, teimam em pretender internacionalizar.Os argumentos, repetidos há dezenas de anos, são os mesmos: que a Amazônia é um 'pulmão da humanidade', uma 'reserva universal da biodiversidade' etc. etc. e que a exploração deve fazer-se em benefício da humanidade e tendo em vista o interesse das nações mais desenvolvidas, que não podem admitir se lhes sonegue o direito ao gozo das potencialidades e riquezas do território.
Nessa argumentação, aliam-se cientistas, políticos e empresários do mundo globalizado, orquestrados na pretensão de transformar a região em patrimônio universal a ser explorado pelas nações mais poderosas, em condições materiais de fazê-lo, ao contrário do que aconteceu com o Brasil até agora. Não conta, nem lhes interessa, a soberania brasileira sobre o vasto território, que vêem como simples detenção, afastável pelo interesse e pela força daquelas nações.

O mais esquisito é que indicam como o território deve ser explorado e os efeitos da exploração, mas não se dispõem a ajudar o país, que lhe tem o domínio, a tentá-lo, preferindo eles mesmos fazê-lo, como lhes aprouver e como se fosse coisa sua.

O mais grave é que, solidárias com essas teses, organizações não governamentais e missões ditas religiosas se prestam a colaborar na desnacionalização e internacionalização da área, atuando como ponta-de-lança de penetração e invasão, por todos os meios de que dispõem. E são todos, dos materiais (econômicos, financeiros) aos ideológicos.

Com isso, dia a dia, se faz mais grave a situação, tanto mais quanto temos exemplos recentes de ação, até mesmo militar, para atender aos interesses de certas potências. E, no caso da Amazônia, o interesse é generalizado, como generalizada é a convicção de que o Brasil não está em condições de dar-lhe o desenvolvimento necessário, nem de defendê-la dos que lhe ambicionam o domínio e o controle.

Estranhamente, não temos de nossos governos, até agora, uma palavra séria, ponderada e categórica que faça entender a esses interessados que a Amazônia não é terra de ninguém: tem dono e quem a defenda. Outra não pode ser a nossa posição declarada, clara e peremptoriamente.

A questão da soberania não admite tergiversações, conversações, menos ainda concessões. O Brasil deseja desenvolver (explorar conveniente e racionalmente) a região, mas não dispõe, no momento, de recursos imediatamente realizáveis que o possibilitem. Nem, infelizmente, de vontade política que o imponha, com a presteza e a eficiência política que exigem.

Não se pretende exploração irracional e predatória; e aceita-se a colaboração das demais nações que, se se interessam tanto por isso, devem dispor-se a colaborar, em condições que lhe autorizem, possibilitem e facilitem o cumprimento do anseio nacional e internacional.

Temo-lo dito há 50 anos, quando formulamos, na Câmara dos Deputados, requerimentos de informações ao governo sobre a atuação das missões ditas religiosas, na região, e as respostas oficiais confirmaram o abuso de sua atuação, com os riscos conseqüentes.

Ainda bem que o Sivam poderá defender a nossa soberania, impedindo o avanço dos invasores, aos quais deve ser oposto o argumento necessário, inclusive a força.

E ainda bem que, no Congresso, uma CPI começa a cuidar das ONG's, examinando-lhes a situação, para regulá-la dentro dos limites de nossa soberania.

Pena é que os recentíssimos acontecimentos na área ainda não tenham evidenciado a falta de efetiva proteção aos direitos individuais e coletivos e aos interesses nacionais. O que, entretanto, serviu para alertar o governo quanto aos riscos de não atender, imediatamente, à concretização das garantias inerentes ao império da lei. Que deve dar-se sem necessidade de fiscais do FBI.

É mais do que hora de provar que a Amazônia é nossa!

Oscar Dias Corrêa
Jurista e membro da Academia Brasileira de Letras

03 dezembro, 2006

Maycon: De onde vem esse nome?!

Derivado da regra onomatopéica, é a forma em português de Michael, nome próprio masculino inglês. Por sua vez, derivado do hebraico MIYKA’EL, que significa “Quem se assemelha a Deus!”. É um nome de pronúncia forte e, na bíblia, é o nome do arcanjo que comandou as Hostes contra Lúcifer.

19 novembro, 2006

Este que segue abaixo eu tenho o prazer e a honra de conhecer há algum tempo. Do imortal Ruy Barbosa, me acometeu recentemente a vontade e a idéia de lança-lo akí, aos olhares alheios dos poucos desocupados que me frequentam. Não me dou ao luxo, porém, de esperar que algum desses perca seu "valioso" tempo lendo-o.
Nada neste mundo tratou tão fielmente o melancólico nacionalista brasileiro, só.


Ruy Barbosa - atualíssimo, sempre.

Sinto vergonha de mim!

"Por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
Que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificaratos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atráse mudar o futuro.

'Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo
que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusõese
do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!
De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".

Ruy Barbosa

09 agosto, 2006

RePost: Fiel a Si mesmo...

Com a cabeça que tenho hoje, dificilmente namorarei outra vez. Provavelmente muitas mulheres se dirão, com brilhos nos olhos, minhas namoradas, e provavelmente por culpa minha, que concederei a elas esse direito. Ah, mas a recíproca, ao que tudo indica, não será verdadeira tão cedo: serão elas minhas namoradas, porém não serei o namorado delas. Pegá-las-ei, comê-las-ei, fá-las-ei (essas porras de mesóclises existem mesmo?) emocional e sexualmente felizes, no entanto, não serei sexual e emocionalmente fiel a nenhuma delas, e portanto não me considerarei namorado, de fato. Não que eu seja tarado ou coisa que o valha, mas é que simplesmente não vejo mais sentido em colocar algemas que modulem minhas atitudes instintivas, nem mordaças hipócritas que me impeçam de dizer que a variedade é uma benção que deve ser aproveitada sem culpa. Claro que quem está apaixonado(a) só quer estar com uma pessoa- a amada-, entretanto, paixão é tão perene quanto cheiro de peido na praia. E se, desprovido(ou não) de paixão, olhar para os lados é natural e inevitável, por que então ceifar nossos impulsos genuínos? Por mera formalidade? Cultura? Dependência psicológica que leva ao medo de perder o par? Obra do capeta? Sinceramente não enxergo razão para não fazer o que der nas cabeças(sim, as duas)- e que atire a primeira pedra quem nunca se imaginou com outra(o) estando a namorar. Dizer que "não somos animais a mercê de nossos instintos" é bonitinho e politicamente correto,mas num tem jeito: somos animais. Ainda bem que assimilei tudo isso com ainda rubros 18 anos. Hoje posso afirmar- com um sorrisão bem safado- que ser fiel é trair a si mesmo.

03 agosto, 2006

Bosta murcha

Estava lendo uns textos antigos meus e reparei que dum tempo pra cá passei a escrever infinitamente pior. O que já era uma bosta ficou uma merda. Comecei este blog para tentar não explodir. Escrevia portanto sem pensar e as palavras saíam espontaneamente e com muita vontade. Era como uma conexão direta entre minha mente perturbada e o teclado, e eu só muito raramente revisava antes de postar. Tá bom, ainda não reviso as besteiras que escrevo, mas o fato é que, quando por acaso releio algo que escrevi recentemente, vejo que as palavras continuam as mesmas, porém falta algo a elas. Sim, falta vida. Menos sinceridade. Talvez o fato de eu estar muito bem psicologicamente tenha criado um muro entre minha mente e minhas mãos. Acho que, para o bem do blog, preciso de ficar mau de novo. Mas quem se importa?

By GadernaL

29 julho, 2006

Esse tbm é um daqueles posts do caralho, que, mesmo tosco e deveras enviadado, insisto em creditar aki...

Homem romântico; mulheres devassas

Nesses tempos de mulheres devassas, este último romântico aqui sofre pra caralho. Mas nem sempre foi assim. Na maior parte de minha vida, enxerguei com olhos vesgos e ar debochado toda essa viadagem sentimental que há entre casais. Certa vez uma voz doce e desconhecida me ligou:

- Gaderna, eu te amo!

- Eu também. Me amo. Vou cagar.

Insensível, insensível, eu sei. Mas, na imaturidade de meus 15 ou 16 anos, não me recordo, saídas toscas desse tipo eram a única forma que eu encontrava para me proteger e manter-me longe da enxurrada melada e gosmenta. Não queria me envolver afetivamente. Sentia-me constrangido só de pensar nisso, quase tão constrangido quanto fico ao ver o Jô Soares se fazer para cima dos entrevistados. Definitivamente, apaixonar-me estava fora de questão.

No entanto, como sabem os gays e toda menina de 11 anos, a gente não manda no coração da gente. E, de repente, vi-me a escrever poesias em guardanapos no bar ou na carteira da escola. Deplorável, deplorável, eu sei. Mas, na avalanche de emoções vis de meus 17 ou 18 anos, não me lembro, sem lógica aparente ou explicação plausível, eu não mais queria esquivar-me do banho açucarado. Ou não podia. O fato é que, desde então, descubro-me a cada dia um ser nojento de tão romântico. E a mulherada não perdoa. Só quer saber de sexo. Só quer aproveitar-se de meu corpo. Não liga no dia seguinte. Não quer abraços carinhosos. Não quer discutir a relação. Ah, que saudade de meus 15 ou 16 anos.

By GadernaL

28 julho, 2006

Semântica

- Como assim, só me comer?
- Isso mesmo, só quero comer.
- Tá dizendo que não quer comer ninguém além de mim?
- Não, quis dizer que, você, eu só quero comer.
- E o que eu disse?
- Que só quero comer você.
- Pois então!
- Mas eu não disse isso, caralho.
- Me explica essa porra direito!
- Com você, quero só trepar.
- Quer trepar só comigo? Quer namorar?
- Desisto...tire a calcinha...

Based in real facts. Juro.

20 julho, 2006

Escrevi esse texto no fim de 2004. Aqueles persistentes que aindam teimam em perpertuar-se ao meu lado, brothers mesmo, conhecem o eu-lírico da epopéia dantesca a qual me meti. Por eles e por mim é que eu posto essa babozeira...Pelos bons tempos.

A parede do meu quarto hoje estava diferente. Cheia de detalhes. Rachaduras, descascados, marcas de meus pés, três antigos buracos de prego. Havia uma fileira de formigas alvoroçadas que teimavam em caminhar de cabeça para baixo sem cair. De repente, rompendo a continuidade nua da parede, percebi no espelho uma frase escrita com sabonete. Frase que fez refletir umas já ausentes fotos sobre cabeceira. Fotos que me fizeram lembrar duma chamada a cobrar no telefone. Telefone por meio do qual eu viria a estragar tudo. Acho que não era a parede que estava diferente. Diferente quem estava era eu. Diferente do diferente a que me acostumei ficar para parecer alguém menos diferente. Estava diferente por estar igual a mim mesmo.

17 julho, 2006

RePost: Ciranda do caralho

Meu celular toca umas 8 vezes por dia. Oito diferentes números de 8 diferentes ninfetas. Mas nenhum desses é o da ninfeta que eu quero. Porra. Eu quero a ninfeta, e não uma ninfeta qualquer. Arrumar mulher apenas para não ficar sozinho qualquer besta consegue. Estar ao lado de alguém especial, entretanto, é muito mais complicado. Cabeças diferentes, interesses diferentes, prioridades diferentes. É aquela velha veadagem da ciranda de sei lá quem: Maria que amava João que amava Josefa que amava Aroldo que amava Godofreda que não amava ninguém. Enquanto a chamada de Gracielly no celular eu não atendo, Thaís não vê a hora de Franciscleiton ligar , e eu, Gaderna, fico idealizando o momento em que Thaís retornará minhas ligações. Muito complexo, porém muito fácil de entender: todos esses desencontros provêm simplesmemte da premissa de que almejamos justamente aquilo que não temos. Só não compreendo por que, mesmo sabendo sobre o que há por trás de todo esse jogo de sedução e o caralho a quatro, continuo a ficar na expectativa do desfecho de nuances tão previsíveis quanto humanas. Acho que encher a cara e ficar quieto sozinho tem lá suas vantagens.

By GadernaL
Repost: Mi Pedra

Pensar numa pedra. Só nela, e mais nada. Uma pedra cinza, silenciosa, sem cheiro. Pedra que absorve todo sofrimento e angústia. Desespero? Não, vejo apenas a pedra. Cinza. Silenciosa. Inodora. Pedra que tira , mesmo que de forma efêmera, o peso do mundo das minhas calejadas costas. Quero cristalizar essa pedra. Pedra! Porra, pedra, não vá embora! Peraí! Não, não fuja! Quer que o capeta tome seu lugar? Quer que eu fique doido? Volta, por favor. Isso. Assim. Cinza. Caladinha. Com cheiro de nada. Obrigado. Posso respirar. Que bom. Adoro você, pedra. Não, de novo não! Acabou de chegar, por que ir embora? Fica, vai, só mais um pouco. Só até eu me tornar gente. Só até eu não querer que uma altura de 30 metros acarrete uma brusca queda, levando para sei lá onde minha dor.Eu sei que você é legal, e não me negaria um pedido desses. Não agora. Obrigado. Isso. Absorva. Nunca pensei que fosse sair-se tão bem como esponja de esterco. Do cu de quem? Meu. Bem, da minha tristeza. Acho que no fundo é a mesma coisa. Mas o que importa é que você está aqui comigo. Firme e forte. E cinza. E muda. E inodora. Obrigado, pedra.
RePost: Meio loco

Gosto pra caramba de ser meio loco. Deixar aflorar o lado lúdico, moleque, brincalhão me faz muito bem. Me impele a bufar durante o filme na casa do paçoca, deveras badalado durante ass férias, e rir pra caralho enquanto todos saem correndo do recinto. Me permite várias vezes achar graça de minha própria desgraça, e assim ter uma vida mais leve. Leve a ponto de rir de fundamentalistas que lotam minha caixa de e-mail, ou de mulheres grudentas em meu pé, ou de outras que não querem nada comigo. Me faz dizer todo orgulhoso para loira corintiana bonitona ao acabar de conhecê-la que sou Cruzeirense. Me propicia olhar para minhas exóticas orelhas e pensar que com criatividade posso usá-las na arte da sedução, como na dança do acasalamento a la dumbo. Acho que manter esse frescor infantil e otimista, inerente às crianças, é o segredo para envelhecer só por fora. Claro que felicidade demais é desespero. Mas encarar os percalços desse mundão de meu deus com bom humor é a forma mais fácil e inteligente de ser feliz. Ou ao menos de pegar a mulherada.

By GadernaL
Não adianta. É um vício. Talvez resida justamente nesse vício, ou na vontade de me livrar dele, uma outra característica minha: traçar perfil psicológico, seja do poste ou do papa, como escrevi num finado post. Afinal, quando estou a decifrar o cérebro alheio, deixo o meu em paz. Paro de me questionar. Paro de me analisar. Paro de maturar e concluir coisas sobre mim que me assustam, simplesmente por me provarem que sou mais vulnerável do que o óbvio ululante poderia supor. Talvez justamente todas essas esquisitices é que tornam minha existência tão solitária. Pois a introspecção é o meu estado natural. Sim, sou bastante comunicativo, relaciono-me bem com todos, sou bem-humorado, inteligente e modesto. Porém as profundesas desse meu mundinho obscuro têm o poder de aprisionar-me num claustro de enigmas e suposições, mais do que qualquer barzinho ou pelada na quadra da faculdade. Não que eu seja um nerd bitolado que não sai de casa, contudo, seja no cinema ou na boate, estou sempre dentro de meu quarto cerebral. Inclusive agora. Sugestões?
Às vezes ao olhar para algumas mulheres tenho a nítida impressão de que são inacessíveis. Mas penso um pouco mais e sagazmente concluo que as mulheres bonitas e gostosas também fazem sexo e, sendo assim, por que não comigo? Encho-me então de coragem e parto pra cima, botanto pressão mesmo. Ah, claro que o meu botar pressão é muito mais inteligente do que o botar pressão que estão pensando. É assim: 1) escolho a ninfeta, que deve me atrair de alguma forma. Geralmente me atraio por fêmeas de bundas bem-humoradas ;2) crio uma empatia dela por mim forçosamente natural, de sorte que em alguns minutos costumo ouvir: "nossa, nem conheço você direito e já tô contanto tudo de mim".;3) a essa altura, já tracei o perfil psicológico inicial da sortuda e, dessa forma, fico no controle da situação: tudo muito simples, tudo muito rápido. Claro que adapto minha postura conforme a ninfeta, porém nenhuma gosta de homem que tá matando cachorro a grito. Disfarçar a secura, portanto, é tão importante quanto demonstrar que se importa com os sentimentos da imaculada donzela virgem. Até aí qualquer besta pode chegar. O que determinará a profundidade da relação será o tempo e paciência que estarei disposto a investir. Se a mulher for mesmo muito complicada, ou abandono de cara, ou invisto tudo que posso, e neste caso dificilmente não consigo o que quero. Mas essa porra toda é em essência mais um jogo do que qualquer coisa; uma vez saciado o desafio- e umas coisas carnais aí-, arrumar outro desafio é natural e invetável. Confesso que meu coração fica todo mole quando me dizem" terminei meu namoro de 4 anos pra ficar com você, e agora não quer mais nada comigo?". Afinal, sou um cara romântico. Dói muito ver as ninfetas sofrerem por mim. Mas eu aguento.