17 julho, 2006

Não adianta. É um vício. Talvez resida justamente nesse vício, ou na vontade de me livrar dele, uma outra característica minha: traçar perfil psicológico, seja do poste ou do papa, como escrevi num finado post. Afinal, quando estou a decifrar o cérebro alheio, deixo o meu em paz. Paro de me questionar. Paro de me analisar. Paro de maturar e concluir coisas sobre mim que me assustam, simplesmente por me provarem que sou mais vulnerável do que o óbvio ululante poderia supor. Talvez justamente todas essas esquisitices é que tornam minha existência tão solitária. Pois a introspecção é o meu estado natural. Sim, sou bastante comunicativo, relaciono-me bem com todos, sou bem-humorado, inteligente e modesto. Porém as profundesas desse meu mundinho obscuro têm o poder de aprisionar-me num claustro de enigmas e suposições, mais do que qualquer barzinho ou pelada na quadra da faculdade. Não que eu seja um nerd bitolado que não sai de casa, contudo, seja no cinema ou na boate, estou sempre dentro de meu quarto cerebral. Inclusive agora. Sugestões?

Nenhum comentário: