20 julho, 2006

Escrevi esse texto no fim de 2004. Aqueles persistentes que aindam teimam em perpertuar-se ao meu lado, brothers mesmo, conhecem o eu-lírico da epopéia dantesca a qual me meti. Por eles e por mim é que eu posto essa babozeira...Pelos bons tempos.

A parede do meu quarto hoje estava diferente. Cheia de detalhes. Rachaduras, descascados, marcas de meus pés, três antigos buracos de prego. Havia uma fileira de formigas alvoroçadas que teimavam em caminhar de cabeça para baixo sem cair. De repente, rompendo a continuidade nua da parede, percebi no espelho uma frase escrita com sabonete. Frase que fez refletir umas já ausentes fotos sobre cabeceira. Fotos que me fizeram lembrar duma chamada a cobrar no telefone. Telefone por meio do qual eu viria a estragar tudo. Acho que não era a parede que estava diferente. Diferente quem estava era eu. Diferente do diferente a que me acostumei ficar para parecer alguém menos diferente. Estava diferente por estar igual a mim mesmo.

Um comentário:

Anônimo disse...

bb